De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE), um a cada três atendimentos de violência e acidentes na rede
pública de saúde socorreu vítimas de acidentes de trabalho. A pesquisa
foi realizada entre 2012 e 2013 e contabilizou que 4,9 milhões de
trabalhadores se acidentaram durante o expediente. Além disso, um terço
dos 51 mil procedimentos de investigação em 2014 se referiam aos
problemas de ambiente de trabalho. As alarmantes estatísticas indicam
que o Brasil ainda precisa amadurecer quando o assunto é Saúde e
Segurança do Trabalhador (SST).
Para que uma Política de Segurança
seja eficaz ela deve incluir também a sequência lógica do trabalho, as
possíveis deficiências técnicas e proporcionar treinamentos sempre que
necessário, seja para orientar novos funcionários ou reciclar
conhecimentos sobre a importância do tema. Nesse sentido, segundo um artigo da Revista Proteção,
também é essencial avaliar o o ambiente de trabalho, elaborando um mapa
de riscos e analisando diversos riscos, como o ergonômico, de
iluminação e ruídos.
O artigo ainda esclarece que gerenciar e entregar Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) são muito importantes para garantir a saúde e segurança de um
trabalhador, mas são itens complementares à Política de Segurança. A
empresa deve garantir um meio de trabalho adequado, saudável e seguro
para que os seus funcionários consigam exercer as suas funções em
segurança. Para compor essas informações, é essencial elaborar
relatórios que comprovem as ações de prevenção em SST, junto com o
investimento em produtos e serviços que ajudem a gerenciar o setor de
Saúde e Segurança do Trabalho.
Por fim, o trabalho de prevenção de acidentes passa pela
conscientização dos trabalhadores, deixando claro que zelar pela saúde
do colaborador é uma responsabilidade dividida entre empresa,
colaborador e governo. Promover palestras, campanhas internas e
implantar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
são ações que podem fazer a diferença para o sucesso da Política de
Segurança de uma empresa e amenizar as estatísticas, bem como o impacto
na sua folha de pagamento através do Fator Acidentário de Prevenção
(FAP), por exemplo. A cultura de prevenção tende a reduzir o número de
acidentes, de reclamações trabalhistas e os gastos públicos e privados
com pensões e afastamentos de trabalhadores.
Fonte: soc.com.br